Cardiologia

3 minutos de leitura

Angina: entenda o problema e conheça os tratamentos

A angina é uma dor ou desconforto no peito que surge quando o músculo cardíaco não recebe oxigênio suficiente por redução do fluxo de sangue no órgão.
FF
Dr. Fábio Luiz Oliveira Câmara Ferreira - Cardiologista - -Atualizado em 02/08/2024
angina

A angina é uma dor ou desconforto no peito que surge quando o músculo cardíaco não recebe oxigênio suficiente e, por isso, é considerada um sintoma importante que indica a presença de doenças cardiovasculares. É uma condição geralmente causada por estreitamento das artérias coronárias os vasos sanguíneos que irrigam o órgão e deve ser investigada. Veja mais sobre o problema a seguir.

Angina: o que é?

A angina é uma manifestação clínica (ou sintoma) que sinaliza um possível problema no coração. Ela é caracterizada por uma dor torácica ou desconforto no peito que surge quando há uma redução no fluxo sanguíneo para o miocárdio (como é chamado o músculo cardíaco), reduzindo, assim, o oxigênio para o órgão.

Essa condição é frequentemente um indicativo de presença de doença arterial coronariana (DAC) condição em que as artérias coronárias se estreitam ou ficam bloqueadas devido ao acúmulo de placas de gordura.

Causas da angina

A principal causa da angina é a aterosclerose, uma condição em que placas de gordura se acumulam nas paredes das artérias, reduzindo seu diâmetro e, consequentemente, dificultando a circulação normal do sangue.

Outros fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da angina são: hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, sedentarismo, obesidade e estresse emocional.

Tipos de angina

Existem três tipos de angina. Veja a seguir:

  • Angina estável: é a forma mais comum e ocorre durante atividades físicas ou estresse emocional. A dor geralmente desaparece com o repouso ou uso de medicamentos.

  • Angina instável: pode ocorrer a qualquer momento, mesmo em repouso, e não é aliviada facilmente. É considerada mais grave e um sinal importante de infarto iminente.

  • Angina variante (ou Prinzmetal): menos comum, ocorre devido a espasmos nas artérias coronárias, independentemente de atividade física ou estresse.

Sintomas

Os principais sintomas da angina incluem:

  • Dor ou desconforto no peito, que pode irradiar para os ombros, braços, pescoço, mandíbula ou costas;

  • Sensação de pressão ou aperto no peito;

  • Fadiga;

  • Falta de ar;

  • Sudorese;

  • Tontura ou desmaio.

Qual médico procurar?

Se você apresentar sintomas de angina, é importante procurar um médico cardiologista para fazer um check-up cardiológico e investigar as causas do problema.

No entanto, se a dor no peito surgir de forma súbita e for intensa, é importante buscar ajuda médica imediata, pois este pode ser um sinal de infarto ou ataque cardíaco.

Possíveis riscos

Se não tratada, a angina pode levar a sérios problemas de saúde e até à morte. O sintoma aumenta os riscos para desenvolver:

  • Infarto agudo do miocárdio;
  • Arritmias cardíacas (batimentos cardíacos irregulares);
  • Insuficiência cardíaca.

Como é o diagnóstico da angina?

O diagnóstico da angina envolve a realização de uma série de exames clínicos e laboratoriais. O médico pode solicitar:

  • Eletrocardiograma (ECG): avalia a atividade elétrica do coração.
  • Teste de esforço: monitora o coração durante exercícios físicos controlados.
  • Ecocardiograma: usa o ultrassom para visualizar o coração e suas estruturas.
  • Angiografia coronária: exame de imagem para visualizar as artérias coronárias e identificar obstruções.
  • Exames de sangue: verifica níveis de colesterol e marcadores de infarto (em casos de emergência).

Formas de tratamento para a angina

O tratamento da angina vai depender do tipo e da gravidade do quadro de saúde do paciente. No geral, ele é feito com mudanças no estilo de vida, uso de medicamentos e, em casos mais graves, procedimentos médicos ou cirúrgicos. Veja a seguir:

  • Mudanças no estilo de vida: manter uma dieta equilibrada, praticar atividade física regularmente, parar de fumar, dormir bem e manejar o estresse.

  • Medicamentos: uso de betabloqueadores, bloqueadores dos canais de cálcio, aspirina e estatinas, que ajudam a proteger o músculo cardíaco, reduzir os sintomas e prevenir complicações.

  • Procedimentos médicos: em casos graves, quando há a presença de bloqueio das artérias, é necessário realizar uma angioplastia (para abrir artérias bloqueadas) que pode ou não incluir a colocação de stent para manter a abertura nas artérias.

Escrito por
FF

Dr. Fábio Luiz Oliveira Câmara Ferreira

Cardiologista | -
Escrito por
FF

Dr. Fábio Luiz Oliveira Câmara Ferreira

Cardiologista | -