Terapia Intensiva

5 minutos de leitura

Tecnologia e médicos intensivistas reduzem o número de mortes em UTIs

No Hospital São Domingos, por exemplo, a UTI tem sido alvo de atenção especial e os resultados têm sido altamente positivos.
ESD
Equipe São Domingos - Equipe São Domingos Atualizado em 14/11/2017

SÃO LUÍS - Estar internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital já não significa mais elevado risco de morte em muitos casos.  A gravidade do estado geral do paciente, agora, vem cada vez mais sendo atenuada com a utilização da medicina especializada e humanizada e da tecnologia para garantir que ele sobreviva, tenha alta e retome suas atividades rotineiras.  No Hospital São Domingos, por exemplo, a UTI tem sido alvo de atenção especial e os resultados têm sido altamente positivos. 

“As primeiras UTIs surgiram durante a epidemia de poliomielite, na primeira metade do século passado, e desse período para hoje  foi se vendo a necessidade de aprimorar esse ambiente com  recursos tecnológicos e humanização, pois o objetivo central de uma UTI é devolver ao paciente seu estado pleno de saúde”, informa o médico intensivista da UTI do Hospital São Domingos, Dr. Rodrigo Azevedo.

Segundo o médico intensivista, antes, os pacientes com graves problemas de saúde, faleciam por questões de menor gravidade, mas o aumento da complexidade dos tratamentos levou à necessidade de organizar estes tratamentos em um local especial, a UTI, e destinar o cuidado destes pacientes a equipes especializadas. Novas tecnologias diagnósticas e de tratamento, organizadas em um ambiente propicio e conduzidas por profissionais especializados fizeram com que estes pacientes sobrevivam mais e melhor. 

“Apesar de a UTI estar relacionada a um local de pacientes graves, hoje, contamos com os avanços tecnológicos e a especialização de médicos nesse tipo de tratamento, em conjunto com outros fatores,  que garantem bons resultados. O índice de mortes na UTI, atualmente, é substancialmente menor que em tempos atrás. Por tudo isto, o  paciente grave deve estar internado em uma UTI e ser cuidado por um médico intensivista”, complementa.

Aliado a esse tratamento clínico intensivo são desenvolvidas ações que deixam o ambiente da UTI cada vez mais humanizado e com elementos que remetam o paciente à lembrança de sua casa, como a presença da família; como a luz do sol, que chega por meio de janelas; plantas, cultivadas em um jardim de inverno; relógio, para que tenha noção do tempo; aparelho de TV, para que tenha momentos de entretenimento e outras. 

“Não obstante ao objetivo da equipe de tratar o paciente grave internado em uma UTI, não podemos esquecer do que está em volta dele, ou seja, seu conforto, sua família e outros fatores. Então, o ambiente de uma Unidade de Terapia Intensiva é cada vez mais tecnológico mas também agradável ao paciente. Essa interação do paciente com a sua realidade, vamos dizer, doméstica, é muito importante para sua recuperação. Sabemos que a assistência médica é essencial, mas a humanização contribui muito para que o paciente se recupere, tenha alta e retome suas atividades”, complementa Rodrigo Azevedo.

Médico intensivista

No ambiente complexo de uma UTI, a equipe que lida com toda esta tecnologia e complexidade precisa estar muito bem treinada. Nesta equipe, multidisciplinar, composta de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos, farmacêuticos, entre outros profissionais,o médico intensivista, especialista no tratamento de pacientes graves, exerce papel de liderança, coordenando suas ações, desde os medicamentos que serão administrados ao paciente, realização de exames até a necessidade de procedimentos, como uso de respiradores para ventilação mecânica e hemodiálise, por exemplo. 

“O médico intensivista  é o especialista no tratamento de pacientes graves em UTIs. Ele é quem coordena a equipe multidisciplinar na assistência integral ao paciente, por isso, precisa de uma formação especial e intensiva. A presença do médico intensivista em uma UTI é tão importante que estudos científicos já comprovaram que  sua atuação é capaz de reduzir a mortalidade. E nós, do Hospital São Domingos, acreditamos tanto nisto que implantamos o Programa de Especialização em Medicina Intensiva, o PEMI” , informa Rodrigo Azevedo. A especialização é validada pela Associação  de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB). 

“Quando um paciente em estado grave chega ao hospital, após os primeiros procedimentos na Emergência, ou após uma cirurgia complexa, ele é conduzido para a UTI e aí há múltiplas necessidades. São várias coisas e ao mesmo tempo, todas importantes, então é preciso sistematizar o cuidado, o tratamento e definir tudo que precisa ser feito, eleger prioridades de procedimentos e medicamentos que serão administrados. É aí que entra o médico intensivista, que precisa estar muito bem preparado para agir de forma eficiente e rápida”, detalha o médico do HSD.

E essa ação ágil, com a precisão e a eficiência necessárias, é uma das experiências que o médico adquire no Programa de Especialização em Medicina Intensiva do Hospital São Domingos, implantado há dois anos, com formação teórica e prática. A especialização  é desenvolvida nos moldes de uma residência médica, no que tange ao treinamento em imersão prática, tem duração de três anos e necessita de dedicação integral, por isso, o participante recebe uma bolsa de estudo. 

O treinamento diário acontece das 7h às 19h e todas as atividades desenvolvidas pelo médico especializando participante do programa são coordenadas por um médico intensivista tutor. Após esta formação, o médico que completa este programa de especialização, estará apto prestar uma prova nacional aplicada pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB, para a obtenção do título de médico especialista em medicina intensiva e assim poder ser titulado médico intensivista. É importante lembrar que a especialização e residência médica são diferentes, porem ambos são os meios para a formação de especialistas em medicina intensiva no Brasil.

Em breve, será formada mais uma turma do PEMI. “Essa especialização é uma imersão no atendimento médico. Nosso objetivo com esse programa é formar médicos intensivistas e melhorar a assistência em Medicina Intensiva no Maranhão”, salienta Rodrigo Azevedo.

E para quem quer se especializar nessa área da Medicina, o Hospital São Domingos já está inscrevendo para a próxima turma do PEMI. As inscrições podem ser feitas até o dia 11 de dezembro, no Centro de Estudos do HSD ou por meio do telefone 3216-8113 e do e-mail tayse.ribeiro@hospitalsaodomingos.com.br.

Para se inscrever, o interessado precisa ter graduação concluída em Medicina até 1º de março de 2018, inscrição no Conselho Regional de Medicina ou declaração que cursa o último ano de Medicina. As provas seletivas ocorrerão no dia 14 de janeiro de 2018.

Serviço

O QUE: inscrição para o Programa de Especialização em Medicina Intensiva do Hospital São Domingos

PERÍODO: Até 11 de dezembro

ONDE SE INSCREVER: Centro de Estudos do HSD, pelo telefone 3216-8113 ou e-mail tayse.ribeiro@hospitalsaodomingos.com.br.

EDITAL: acesse no www.hospitalsaodomingos.com.br

DATA DA SELEÇÃO: 14 de janeiro de 2018

Escrito por
ESD

Equipe São Domingos

Equipe São Domingos
Escrito por
ESD

Equipe São Domingos

Equipe São Domingos