Após dois dias de avaliação, especialistas do Instituto Qualisa de Gestão (IQG), da Organização Nacional de Acreditação (ONA), aprovaram a manutenção do Nível 2 da Acreditação do Hospital São Domingos. A decisão se baseou em dados obtidos pelas rotinas, processos e protocolos adotados pelo hospital, após análise de documentos que comprovam a adoção dos padrões descritos.
A avaliação foi realizada com base no relatório gerado em abril deste ano, quando outra comissão do Instituto Qualisa esteve no São Domingos, para a primeira visita técnica de manutenção, após a obtenção do Nível 2 da Acreditação. “Verificamos, primeiramente, se as fragilidades identificadas anteriormente foram corrigidas e de que forma isso foi feito. Avaliamos, também, se os procedimentos adotados estão alinhados ao plano de expansão da instituição e se estão inseridos nos processos de qualidade em saúde”, ressalta a avaliadora líder, Rosa Leda Bellini.
O relatório foi entregue logo após o final da visita de inspeção e apresentado pela diretoria do São Domingos aos coordenadores de setor. Durante a apresentação, a diretora hospitalar, Elizabeth Reis, revelou que a comissão do Instituto Qualisa avaliou muito positivamente o São Domingos pelos resultados obtidos. “Os pontos a serem melhorados foram poucos, o que significa que estamos conseguindo implantar uma filosofia de atendimento com uma qualidade que garante a segurança do paciente e isso é fruto de um trabalho criterioso e cuidadoso, que envolve todos os funcionários do hospital”, afirmou.
O diretor executivo do São Domingos, Glauco Andrade e Silva, reforça essa evolução e destaca que a melhoria contínua se estende, ainda, à introdução de serviços que utilizam tecnologia e elevada especialização médica. “Nosso perfil de atendimento de alta complexidade tem evoluído bastante. Estamos trabalhando com uma visão mais estratégica e vamos manter esse padrão para avançar ainda mais em nossos serviços”, destaca.
Sobre os pontos a serem trabalhados até a próxima visita de manutenção – que deverá acontecer em dezembro deste ano -, Elizabeth Reis destacou serem fundamentais para a evolução permanente dos serviços oferecidos pelo São Domingos. “A ideia não é ter um certificado para enfeitar as paredes e sim assimilar uma nova cultura de gestão, a filosofia de segurança do paciente”, enfatiza a diretora hospitalar.
Avaliação - Ao todo, 19 setores do São Domingos passaram pela vistoria do IQG. Durante as visitas, as especialistas analisaram documentos referentes aos diversos procedimentos realizados no hospital, desde os programas de capacitação técnica de funcionários, até modelos de alta médica e registros de pacientes. “Dessa vez, nós selecionamos poucas áreas, pois o objetivo foi avaliar detalhadamente, por meio de reuniões com os gestores, além da análise de documentos”, revela Rosa Leda Bellini.
Em geral, a comissão do IQG buscou identificar se os processos de trabalho adotados estão de acordo com os modelos adequados de gestão e, sobretudo, se atendem às necessidades institucionais. “Tudo deve estar de acordo com a missão e a visão da empresa. Como exemplo, na área de Recursos Humanos, o processo de recrutamento e seleção de novos colaboradores deve estar pautado na gestão por competências”, diz a coordenadora de RH, Patrícia Paiva.
Embora tenha um procedimento padrão para a instituição, a comissão de Acreditação possui critérios diferenciados para análise, visto que cada um dos setores apresenta especificidades que devem ser cuidadosamente examinados. “Quem avalia é devidamente preparado para essa tarefa, ou seja, entende dos processos que fazem parte do setor em questão. A comissão é multidisciplinar”, revela a coordenadora.
Certificação – A Acreditação é uma metodologia de avaliação que abrange todas as atividades que fazem parte da rotina hospitalar. Esse sistema de análise é organizado para garantir a segurança no cuidado com o paciente, desde o registro e identificações corretos, administração de medicamentos, procedimentos que envolvem a cirurgia, até cuidados com o ambiente e com os equipamentos, bem como com os processos gerenciais. Possui três níveis. O primeiro atende aos requisitos formais, técnicos e de estrutura para a sua atividade conforme legislação correspondente e identifica riscos específicos e os gerencia com foco na segurança. O segundo é referente à gerência dos processos e de suas interações sistêmicas, em que estabelece seu método de medição e avaliação, além de possuir programa de educação e treinamento continuado, voltado para a sua melhoria. Já o terceiro, utiliza perspectivas de medição organizacional, alinhadas às estratégias e correlacionadas aos indicadores de desempenho dos processos.