Investir em equipamentos e tratamentos de alta tecnologia e resolutividade é parte da rotina de uma instituição de saúde. Isso, aliado à permanente qualificação profissional, é fundamental para que todo o processo médico seja referência por ser eficiente. Ciente disso, o Hospital São Domingos, além da aquisição de aparelhos de última geração, realiza, permanentemente, ações de qualificação e aperfeiçoamento. É o caso dos cursos de Eletrocardiograma e de Normatização de Atendimento ao Queimado.
O primeiro é destinado a médicos e acadêmicos de medicina. É promovido pelo Centro de Simulação Realística do São Domingos e está dividido em 10 módulos, com aulas todas as terças-feiras. A última aula abordou Vetor médio do coração, avaliação do traçado normal e como realizar um ECG (Eletrocardiograma). O curso é ministrado pelo médico Luis Carlos Bernardino Júnior, que faz parte da equipe de Cardiologia do hospital e é coordenador da qualificação.
Bernardino diz que essa é a terceira turma do curso. “Nós já colaboramos para aperfeiçoar 121 profissionais, nas duas vezes que realizamos a qualificação. Nessa terceira há 75 participantes”. As inscrições já estão encerradas e a previsão para abertura de uma nova turma é março de 2014.
Padronização – Na mesma linha de qualificação de profissionais foi realizado no último sábado, 21, o Curso Nacional de Normatização de Atendimento ao Queimado (CNNAQ), promovido pela Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ). Essa é a segunda vez que o Maranhão recebe o aperfeiçoamento, que tem por objetivo oferecer conhecimento e normas aos que tem oportunidade de prestar o primeiro atendimento a qualquer pessoa com queimaduras de qualquer etiologia. “A idéia é proporcionar uma uniformidade nas condutas profissionais”, conta a supervisora do programa de Educação Continuada do São Domingos, Célia Pontes.
O Curso é baseado no modelo americano Advanced Burn Life Support (ABLS). Foi realizado pela primeira vez no Brasil em 1996, na cidade de Porto Alegre. Segundo a presidente da SBQ, Maria Cristina Serra, a qualificação é fundamental para os profissionais que prestam o atendimento inicial a pacientes que sofreram queimaduras, mas que ainda não estão em uma unidade especializada. “Prestar socorro de forma adequada ajuda a diminuir as seqüelas, identificar a gravidade do caso, bem como é fundamental para definir que tipo de tratamento será adotado”, diz a médica.
O cirurgião plástico Alberto Miranda, do São Domingos, auxiliou Maria Cristina durante o treinamento. O médico, que é instrutor da SBQ, destaca que, hoje, o padrão seguido em todo atendimento a queimados no HSD é baseado em um protocolo já existente. “Temos um leito na UTI reservado a esse tipo de paciente, pois ele é de alta complexidade e demanda cuidados específicos”, diz ele.
Alberto Miranda participou de outra linha de atuação da Sociedade Brasileira de Queimaduras, que é a de formação de instrutores. Segundo Maria Cristina Serra, a ideia é ter profissionais que possam disseminar as informações sobre atendimento inicial a queimados em todas as regiões do Brasil. “É importante que o profissional de saúde saiba atuar nos momentos iniciais de atendimento, mas também é fundamental que toda a condução do tratamento seja adequada, pois se trata de um paciente diferenciado”, justifica a médica.