Médicos residentes do Hospital São Domingos (HSD) contam com um centro de excelência internacional para intercâmbio, o Hospital Erasme, em Bruxelas, Bélgica. Recentemente, os médicos residentes do HSD, Filipe Amado e Carlos Sousa, participaram do Programa Fellowship de Pesquisa Clínica 2018 da instituição belga. A coordenação do Programa de Residência de Medicina Intensiva do HSD neste ano foi pioneira ao proporcionar a experiência de intercâmbio aos seus residentes.
O Programa Fellowship de Pesquisa Clínica faz parte da política de incentivo à pesquisa do Hospital Erasme, pertencente à Universidade Livre de Bruxelas. A UTI do Hospital Erasme, onde os médicos residentes do HSD fizeram imersão por três meses, é referência mundial e polo de pesquisa clínica avançada na Europa.
“Foi um grande desafio representar nosso programa de residência bem como o Hospital São Domingos em Bruxelas. Tivemos contato com grandes nomes da literatura médica e da terapia intensiva mundial cujos livros e artigos foram objetos de estudo na Faculdade de Medicina. Do ponto de vista profissional, a experiência foi enriquecedora para a pesquisa e prática clínica. O São Domingos realiza muita pesquisa e no Hospital Erasme pudemos reafirmar dados levantados na nossa UTI com parâmetros de um grande centro de pesquisa internacional”, afirmou Filipe Amado.
Durante o período em que os profissionais estiveram no Hospital Erasme, participaram de pesquisas clínicas de alto nível e procedimentos avançados em medicina intensiva, como por exemplo sistemas de monitoramento integrado, algo inclusive já feito no HSD. “Podemos aperfeiçoar a conectividade dos sistemas do UTI com os demais setores do hospital, trazendo mais segurança para o paciente. Foi possível trazer essa e outras informações para reforçar nossa assistência, equiparando-a a níveis internacionais”, concluiu o residente.
O Hospital Erasme possui 364 leitos, com 38 destinados à UTI, uma de suas áreas de referência mundial. No momento, encontra-se em processo de expansão e um de seus avanços será adotado pelo HSD. Trata-se da oxigenação por membrana extra-corpórea (ECMO), que tem se tornado ferramenta essencial para o suporte de adultos ou crianças com grave e refratária disfunção cardíaca ou pulmonar.
Para o médico Carlos Sousa, a tecnologia não poderia faltar no Hospital São Domingos. “O ECMO é muito usado nos centros de saúde do eixo Rio-São Paulo. É um tratamento condizente com a visão do HSD, de ser referência em medicina de alta complexidade. Por isso, assim que retornamos, apresentamos a proposta. Nosso estágio na Bélgica servirá de esforço e experiência na utilização do método brevemente na UTI do HSD. Essa foi uma das mais importantes aquisições que tivemos com a experiência, tanto no âmbito profissional quanto pessoal”, finalizou Carlos Sousa.