Saúde

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Medicina Nuclear atua na avaliação detalhada de doenças oncológicas e cerebrais

A especialidade realiza procedimentos diagnósticos e terapêuticos utilizando baixas doses de radiação.
ESD
Equipe São Domingos - Equipe São Domingos Atualizado em 26/01/2017

SÃO LUÍS -  Cada vez mais necessária no suporte de doenças de alta complexidade, a Medicina Nuclear é a especialidade médica que realiza procedimentos diagnósticos e terapêuticos utilizando baixas doses de radiação. Forte aliada para médicos e pacientes, ela é um dos meios mais acessíveis para descoberta precoce de doenças cardíacas, cerebrais, ósseas, oncológicas, infecciosas e do aparelho digestivo, além da identificação do melhor tratamento para o paciente.

O serviço de Medicina Nuclear do Hospital São Domingos é autorizado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e trabalha com as normas de radioproteção instituídas no Brasil, além de profissionais especializados na área. Está sempre oferecendo o que há de mais atual e moderno no setor de exame e terapia.

O exame Positron Emission Tomography (PET-CT) é uma das mais avançadas tecnologias de diagnóstico por imagem, permitindo a visualização de alterações metabólicas no organismo antes mesmo que as alterações anatômicas apareçam. Isso pode ser a chave para um estadiamento muito mais preciso do câncer e avaliação até de desordens no cérebro.

Segundo a médica nuclear do HSD, Dr.ª Aline Farias, a PET é um exame extremamente sensível na determinação da real extensão dos tumores bem como de possíveis implantes à distância das neoplasias. "O exame é realizado no corpo inteiro e permite um adequado estadiamento das doenças oncológicas, fornecendo informações importantes para a escolha do tratamento, avaliar a resposta do paciente. A PET tem grande utilidade, também, no planejamento da radioterapia, na escolha do melhor local para realizar uma biópsia, na graduação de lesões malignas, na determinação do prognóstico e sobrevida dos pacientes e em casos em que há dúvida sobre outros exames", esclarece.

Uso na neurologia

A PET-CT fornece informações importantes sobre o metabolismo cerebral em pacientes com quadros clínicos de esquecimento (demência), como no caso da doença de Alzheimer, além de ajudar a localizar focos de epilepsia em pacientes de difícil controle.

 Realização do PET-CT

A médica explica que após serem coletados dados sobre a indicação do exame, é injetada uma pequena concentração de glicose radioativa (FDG) na veia do paciente. "Após um período de espera de captação de aproximadamente 60 minutos, o paciente é posicionado confortavelmente no equipamento. Imagens do corpo inteiro serão adquiridas, em repouso, durante cerca de 25/35 minutos, dependendo do tipo de exame, seguidas de imagens de Tomografia Computadorizada. Em seguida, o médico responsável irá analisar a qualidade das imagens, avaliando a necessidade ou não da realização de imagens extras. Após isso, o paciente está dispensado, podendo assumir suas tarefas diárias, sem restrições". 

Segurança no exame

A especialista afirma que o PET-CT é um exame simples, seguro e indolor. A glicose radioativa (FDG), não causa nenhum tipo de efeito colateral, podendo ser utilizado inclusive em pacientes diabéticos. "Por utilizar uma pequena concentração de radiação para suas imagens, em caso de gravidez, a paciente deve discutir a relação risco-benefício com o seu médico para avaliar a real necessidade do exame. Em caso de amamentação, suspender as mamadas por pelo menos 6 horas, sendo ideal 24 horas, se possível", recomenda.

A diferença entre o PET-CT e outras modalidades de diagnóstico por imagem é a grande vantagem de medir o metabolismo das lesões, demonstrando a presença de alterações funcionais antes que a mudanças corporais sejam afetadas.

Cintilografia

Outro serviço oferecido no Hospital São Domingos é a Cintilografia. Este tipo de exame de imagem fornece informações sobre o funcionamento/metabolismo de um determinado órgão através da administração de radiofármacos, substâncias com pequena quantidade de radiação que tem afinidade por algum órgão específico.

"De acordo com o exame, um material com pequena quantidade de radiação é administrado no paciente com o objetivo de ver o metabolismo de um órgão específico, podendo ser via oral, endovenosa ou até uretral. O aparelho de cintilografia consegue detectar esse metabolismo e gerar imagens da área estudada", afirma a médica Aline Farias.

Diagnóstico

O exame pode ser realizado em qualquer parte do corpo. As principais indicações são: coração (analisar risco de infarto), osso (avaliar tumores), renal (obstrução e cicatrizes de infecção), esôfago (avaliar doença do refluxo), tireóide (avaliar metabolismo de nódulos), pulmão (avaliar perfusão dos vasos pulmonares), cérebro (avaliação de demências), entre outras indicações.

A cintilografia fornece informações complementares a outros exames por avaliar o metabolismo e funcionamento dos órgãos, além de sua anatomia.

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