Hematologia

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Leucemia: diagnóstico precoce faz toda a diferença no tratamento, explica médica

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ESD
Equipe São Domingos - Equipe São Domingos Atualizado em 10/02/2022

A leucemia é um tipo de câncer que afeta as células brancas do sangue, também conhecidas como leucócitos, que são células de defesa do organismo. Essa doença começa na medula óssea, que a parte mais interna dos ossos, e se espalha pelo corpo através do sangue, impedindo a produção de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.

“A diminuição dos glóbulos vermelhos ocasiona anemia, cujos sintomas incluem: fadiga, falta de ar, palpitação, dor de cabeça, entre outros. A redução dos glóbulos brancos provoca baixa da imunidade, deixando o organismo mais sujeito a infecções muitas vezes graves ou recorrentes. A diminuição das plaquetas ocasiona sangramentos, na gengiva ou pelo nariz, além de manchas roxas ou pontos roxos na pele”, explica a médica hematologista do Hospital São Domingos, Dra. Gilnara Fontinelle.

A médica explica que, dependendo do seu subtipo, a leucemia acomete adultos e crianças. “A leucemia linfoide aguda é mais comum em crianças; ao passo que a leucemia linfoide crônica, por exemplo, é mais comum em pacientes idosos”, completa a hematologista. 

Diagnóstico

Primeiramente, nos casos de leucemia, há uma suspeita diagnóstica, quando é observado alguma alteração no hemograma ou nos exames laboratoriais de rotina. Quando detectada qualquer alteração nos exames do paciente, cabe uma investigação diagnóstica para identificar da causa.

“Uma vez identificada essa alteração, e se levantando a suspeita de leucemia, é feito o exame diagnóstico específico para detecção desse tipo de câncer: o mielograma. Esse exame irá avaliar a medula óssea, com o objetivo de analisar sua  morfologia e sua capacidade de produção de células sanguíneas. Nesse exame conseguimos diagnosticar cânceres como leucemia e mieloma, que atacam as células sanguíneas”, pontua a médica. 

O exame de mielograma consiste na retirada de uma pequena amostra de medula óssea, que pode ser retirado do osso ilíaco, localizado na bacia; do esterno, localizado na parte superior do peito; ou da tíbia, para os pacientes pediátricos. 

Tipos de Leucemia

As leucemias são agrupas em crônicas e agudas, sendo subdivididas de acordo com o perfil genético e molecular.

“As leucemias também podem ser agrupadas baseando-se nos tipos de glóbulos brancos que elas afetam: linfoides ou mieloides. As que afetam as células linfoides são chamadas de linfoide, linfocítica ou linfoblástica. A leucemia que afeta as células mieloides são chamadas mieloide ou mieloblástica”, explica a hematologista do Hospital São Domingos.

Tratamento

A leucemia pode ser tratada com as seguintes opções: quimioterapia, imunoterapia, transplante de medula óssea ou a associação de diferentes tratamentos, dependendo do tipo de leucemia que a pessoa possui, e da fase em que a doença se encontra.

“Cada subtipo tem seu tratamento específico. Nas leucemias agudas, que ocorrem de forma súbita, ‘da noite para o dia’, como os pacientes costumam dizer, elas têm um tratamento normalmente com internação, por aproximadamente um mês, com quimioterapia de alta intensidade. Já as leucemias crônicas, dependendo do seu subtipo, podem ser tratadas com comprimidos, com o paciente em casa. Então, são tratamentos bem destintos, que vão variar de acordo com cada caso clínico”, finaliza Dra. Gilnara Fontinelle.

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