A elastografia é uma técnica de diagnóstico nova e ainda é pouco utilizada no Brasil, apesar de já estar disponível nas melhores clínicas de diagnóstico por imagem.
No mês do julho há uma atenção especial às doenças do fígado, órgão responsável pela regulação do metabolismo de vários nutrientes, síntese de proteínas e armazenamento de substâncias, como o glicogênio. Por meio da campanha Julho Amarelo, médicos chamam atenção para a prevenção das doenças hepáticas, como a cirrose, cujo quadro clínico resulta especialmente do agravamento das hepatites B e C.
Para diagnosticar a doença e buscar o melhor tratamento para o paciente, o Hospital São Domingos oferece, por meio do seu Centro de Diagnóstico por Imagem e Ambulatorial, a elastografia. O exame é utilizado para investigação de patologias do fígado, tireoide e da mama.
A técnica é uma das mais modernas, mas ainda é pouco utilizada no Brasil e funciona produzindo vibrações sonoras para a medição da velocidade de propagação destas ondas nos tecidos. Sua principal aplicação é a identificação de fibrose no parênquima hepático, podendo ser realizada por ultrassonografia e, mais recentemente, por ressonância magnética.
“Cada tecido do corpo humano tem elasticidade específica e alterações podem indicar problemas ou doenças. A elastografia utiliza ondas sonoras para medir essa elasticidade, observando assim, se existem áreas mais rígidas do que o normal”, explica Dr. Gabriel Vieira, médico radiologista do Hospital São Domingos.
“A elastografia é responsável por medir, através de um sistema de ondas, a dureza do fígado. Por meio de uma escala numérica, o exame ajuda o médico na tomada de decisão e inclinação para a escolha do melhor tratamento para o paciente”, completa a médica Carine Vieira, médica radiologista do Hospital São Domingos.
Elastografia por ultrassonografia
A elastografia realizada no ultrassom é utilizada na avaliação e acompanhamento de doenças do fígado que possam levar a fibrose ou cirrose. Seu uso regular permite identificar se a doença está evoluindo com endurecimento do fígado e, assim, escolher o melhor momento para a realização da biópsia.
“Não há nenhum desconforto para o paciente e as únicas exigências são que ele fique parado durante as medidas e, durante a elastografia do fígado, que pare de respirar por 3 segundos”, explica Dr. Gabriel Vieira.
Vale ressaltar que a vantagem da elastografia por ultrassom em relação aos outros métodos é que, por ser mais barata e mais rápida, pode ser realizada em crianças e pacientes com claustrofobia sem necessidade de sedação ou anestesia, é indolor e sem barulhos que possam incomodar”, conclui o radiologista.
Elastografia por ressonância magnética
A elastografia hepática por ressonância magnética representa uma grande inovação na Medicina, uma vez que detecta de forma objetiva as doenças do fígado ainda em fase precoce, permitindo o início de tratamentos precisos e específicos para cada doença, evitando o desenvolvimento da cirrose.
“A elastografia por ressonância magnética desponta como uma importante ferramenta não invasiva para avaliar a funcionalidade do fígado. O exame quantifica e avalia o grau de esteatose hepática, permitindo analisar se o fígado está normal, com alguma inflamação ou até mesmo com cirrose”, pontua Dra. Carine Vieira.
Por ser um exame não invasivo, sem radiação, sem a injeção de meio de contraste e por permitir analisar o fígado de uma maneira global, a elastografia hepática por ressonância magnética ainda tem a vantagem de poder ser realizada mais de uma vez, com o objetivo de monitorar respostas ao tratamento.
Vantagens da elastografia por ressonância magnética:
- Método não invasivo capaz de quantificar o grau de fibrose do fígado;
- Funciona como uma alternativa à biópsia;
- Permite observar se o fígado está sadio, com alguma inflamação ou cirrose;
- Monitora e acompanha a evolução do paciente adequando-a ao melhor tratamento;
- Avalia a resposta do organismo;
- Ressonância tem maior vantagem sobre a ultrassonografia, pois oferece uma análise global do órgão, sem restrições para pacientes com artrite.
- Fornece informações ao médico para que possa definir o melhor tratamento para o paciente, retardando ou até mesmo interrompendo a progressão da doença;