O Hospital São Domingos ofereceu aos seus colaboradores um dia dedicado à orientações para a prevenção. No ato, formado por um bloco, com colaboradores, desfilando por todos os setores da instituição e levando a mensagem: “Vida. Esta é a nossa bandeira”.
Segundo a organização, 9000 preservativos masculinos e 500 femininos foram entregues aos mais de 1500 funcionários. “A iniciativa é muito boa, pois muito sairão neste período e não atentarão para os perigos causados pela falta de proteção. O hospital ainda esclarece seus colaboradores da importância de se preservarem”, relata Jhonny Reis, encarregado do almoxarifado. A campanha encerrou com uma palestra da infectologista Rosângela Cipriano.
AIDS no Brasil
Alegria, brincadeiras e descontração marcam as folias de carnaval em todo o Brasil. Nessa época, geralmente, as pessoas costumam viajar para curtir a folia nos principais circuitos dos estados, com um aglomerado de pessoas, onde os objetos pessoais, banheiros e peças íntimas, normalmente, costumam ser compartilhados entre amigos e foliões diversos.
Tudo isso acaba sendo muito propício para a difusão de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). Além disso, as pessoas não costumam praticar o sexo seguro que, segundo a infectologista do Hospital São Domingos, Rosângela Cipriano, “é transar com o menor número de pessoas possível e sempre usando preservativos”.
Dentre as DST’s mais comuns no Brasil, a AIDS já contabiliza, segundo o Ministério da Saúde, 270 mil mortes até o ano de 2013, destas, 190.215 (71,6%) ocorreram entre homens e 75.371 (28,4%) entre mulheres. Ainda a partir do MS, 40 mil novos casos surgem por ano, uma média de 20 para cada 100 mil habitantes.
O governo brasileiro lançou, no fim do ano passado, um novo protocolo de tratamento para pessoas com HIV. Nele, as pessoas que forem constatadas com o vírus iniciam os procedimentos imediatamente. Tal medida reduz a possibilidade de transmissão do vírus que, segundo estudos internacionais, o uso precoce de antirretrovirais diminui em 96% a taxa de transmissão do vírus da AIDS.
Para a Infectologista, Rosângela Cipriano, as causas de morte por AIDS ocorrem devido à falta de sensibilidade delas no sentido de se prevenir da doença, ou seja, realizando o exame periodicamente, principalmente aqueles que têm uma vida sexual ativa. “O paciente já chega no consultório com a doença numa fase avançada, porque as pessoas têm vergonha de fazer o exame, de se expor. Eu acho que todo mundo tem que fazer o exame, porque ainda se morre de AIDS”, aconselha.
A infectologista ainda explica que a vacina ainda não foi criada devido à vertiginosa velocidade de mutação do HIV, que destroi o sistema imunológico do paciente, deixando-o mais propício a outras doenças, dentre elas o câncer.
Além disso, Rosângela Cipriano afirma que não existe uma pesquisa que comprove a maior incidência de AIDS no carnaval, sabe-se que os índices estão mais propícios a aumentar porque neste período as pessoas não se protegem e nem praticam o sexo seguro.