SÃO LUÍS - Profissionais da área saúde reunidos para discutir sobre as melhores práticas e o uso da tecnologia em dispositivos intravenosos. Assim foi a I Reunião Científica promovida pelo Time de Acesso Vascular vinculado à Gerencia de Enfermagem do Hospital São Domingos. Realizado na manhã desta sexta-feira (27), o evento abordou a temática "Acesso Vascular: Tecnologias e Boas Práticas".
Com enfoque interdisciplinar, a Reunião contou com a presença de médicos, enfermeiros e farmacêuticos do HSD, que usaram o momento para ampliarem seus conhecimentos e aprenderem um pouco mais sobre o assunto.
Foram abordados temas pontuais, a exemplo dos dispositivos utilizados atualmente, que teve como palestrante a coordenadora de enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), enfermeira Widlani Montenegro; qual melhor tecnologia na visão de profissionais da áreas vascular e terapia intensiva, tema da apresentação do cirurgião vascular, Dr. Kelston Felice; os padrões, a qualidade e a segurança no uso de fármacos e boas praticas no cuidado e prevenção de infecção.
A palestrante convidada, enfermeira Claudia Luz, proferiu sobre a experiência do Hospital Israelita Albert Einstein na condução de um Time de Acesso vascular. A profissional falou sobre o time de terapia infunsional do Einstein e sobre a importância de ter um grupo específicos de pessoas dedicadas ao trabalho em Terapia Infusional.
"Isso faz total diferença quando a gente fala daquele paciente que precisa de um acesso venoso, seja ele periférico ou central. Esse time vai colaborar muito com os resultados positivos para os pacientes. O foco do nosso time e o foco da nossa existência como enfermeiro é o paciente. Então, eu estou trazendo aqui uma realidade muito forte dos enfermeiros que são específicos e dedicados para trabalharem como esse tema, eles vão fazer a diferença no resultado final, que é o paciente", destacou.
O médico intensivista e coordenador da UTI do Hospital São Domingos, Dr. José Raimundo Azevedo, também foi um dos palestrantes da Reunião Científica. Com a temática "PICC nas UTIs - Seu uso é seguro?", o especialista falou sobre as indicações do Cateter Central de Inserção Periférica, mais conhecido como PICC, dispositivo que vem sendo crescentemente utilizado nas UTIs.
"Como na medicina em geral, houve um crescimento exponencial desses cateteres pela segurança, praticidade do uso e também porque, em anos recentes, ele adquiriu características que permitem que você utilize nos pacientes graves em UTI. Só que, como tudo na medicina, ele tem suas vantagens e desvantagens. As desvantagens estão relacionadas a complicações, relacionadas ao uso. Talvez a popularização excessiva dele tenha trazido um pouco de visão turva em relação a essas complicações. Entretanto, a gente tem que providenciar um óculos bem calibrado para estar visualizando e prevenindo essas complicações. De qualquer maneira, ele representa um grande avanço", explica.
O diretor médico do HSD, Dr. Claudio Carneiro, esteve presente na Reunião e destacou os principais tópicos apresentados no evento. "Como foi bem falado na nossa Reunião, o sistema de administração de medicamentos é para os pacientes graves, principalmente feito através do acesso venoso e esse acesso venoso faz com que os medicamentos cheguem mais rapidamente, faz com que se tenha mais controle e mais certeza da absorção. Se isso é verdade, nós temos que manter nos indivíduos a possibilidade desse acesso venoso. Portanto, ao longo do tempo, quando nós pegamos a veia para administrar um remédio ou pegamos uma veia para colher exame, temos que ter todo o cuidado para que não deformemos essas veias e evitar que elas se tornem incapazes de, no futuro e quando necessário, receber a cateterização".
Ele destacou, também, a importância de eventos como esse. "É o tipo de atividade que vem aumentar a consciência, lembrar o tema para os funcionários para que eles detenham todo o cuidado de tanto o quanto possível evitar puncionar as veias, optando por usar medicação oral. Se a dor não está muito intensa, por que pegar uma veia? E para os profissionais que puncionam, terem todo um cuidado de não fazer com que aquela punção deforme a veia para um uso futuro. Também foi muito interessante a interação entre os profissionais, as várias técnicas de puncionar, as escolhas dos materiais e a adequação desses materiais e dessas escolhas aos clientes. Então, a Reunião foi muito boa e só temos a ganhar", finalizou.