Saúde

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Exame preventivo é forte aliado na identificação precoce do câncer de colo de útero

Hospital São Domingos alerta mulheres para importância do exame na Campanha Março Lilás
ESD
Equipe São Domingos - Equipe São Domingos Atualizado em 18/03/2019

A mulher conta com um poderoso aliado para se prevenir do câncer de colo de útero. Trata-se do exame preventivo ginecológico ou Papanicolau. Para alertar as mulheres da importância do exame, o Hospital São Domingos aderiu e realiza a Campanha Março Lilás.       

De acordo com a Dra. Larissa Bordalo, médica da família e comunidade do Hospital São Domingos, o exame preventivo, papanicolau ou colpocitologia oncótica, como também é conhecido, é usado para rastrear lesões pré-malignas ou malignas, que muitas vezes, ainda não apresentaram sinais ou sintomas e que podem evoluir para câncer de colo de útero. 

“O exame consiste na coleta de esfregaço cervical [colo uterino]. É indolor, simples e rápido. Pode, no máximo, causar um pequeno desconforto, que diminui se a mulher conseguir relaxar e se o exame for realizado com boa técnica e de forma delicada”, detalha a médica.

Rastreio
Dra. Larissa Bordalo informa que o preventivo rastreia alterações antes mesmo delas se manifestarem como doenças, no caso, o câncer de colo de útero.  “A avaliação de corrimentos vaginais não demanda coleta de preventivo. Entretanto, no momento da coleta, são realizadas anamnese e avaliação ginecológica e, a partir da presença de queixas relacionadas a corrimentos vaginais ou alterações presentes no momento do exame, pode-se indicar o tratamento, quando necessário”, explica.  Entre as alterações ginecológicas podem ser detectadas doenças infecciosas como candidíase, vaginose bacteriana ou pólipos, cistos e atrofias, que são comuns em mulheres na menopausa”, explica ela.          

Periodicidade
O exame preventivo deve ser feito pelas mulheres que têm vida sexual ativa. Os dois primeiros exames devem ser feitos com intervalo de um ano e, se os resultados forem normais, o exame pode ser realizado a cada três anos, em casos individualizados.    “O preventivo deve ser feito pela mulher até os 64 anos de idade e, naquelas sem história prévia de lesões pré-neoplásicas, devem ser interrompidos quando, após esta idade, as mulheres tiverem pelo menos dois exames negativos consecutivos nos últimos cinco anos”, complementa a médica.
A duração do exame é de aproximadamente 15 a 20 minutos, pois é necessária entrevista clínica prévia da história ginecológica, exame físico ginecológico e avaliação de suas possíveis queixas clínicas relacionadas. Após leitura microscópica, o exame estará pronto para avaliação e implementação de seguimento e acompanhamento periódico individualizado com seu médico de família ou se necessário, avaliação especializada com o ginecologista.

Incidência
No Brasil, o câncer de colo do útero, também chamado de câncer cervical, é o quarto tipo mais comum entre as mulheres, representando a terceira causa de morte por câncer no público feminino.

A médica alerta que uma das mais importantes descobertas na investigação etiológica de câncer nos últimos 30 anos foi a relação entre o HPV (papilomavírus humano) e o câncer de colo do útero. “Esse tumor representa maior potencial de prevenção e cura quando diagnosticado precocemente. Atingir alta cobertura no rastreamento da população definida como alvo é o componente mais importante para que se obtenha significativa redução da incidência e da mortalidade por câncer de colo do útero”, afirma Dra. Larissa Bordalo.

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